Corpo - Contato Improvisação - Artes do corpo - Videodança.

domingo, outubro 19, 2008

"EU" - Ivani Santana









Convite!

Este é um convite para assistir ao espetáculo que estou participando e que será apresentado pelo FIAC - Festival de Internacional de Artes Cênicas- Bahia, no MAM, sábado, 25/10 às 22:00h e domingo 26/10 às 19:00h.

Beijos e até o próximo final de semana!

Drica.




EU
Dança
Ivani Santana/Núcleo de Criação do Grupo de Pesquisa Poética Tecnológica na Dança da UFBA – Bahia / Brasil
Eu Eu


Sinopse do espetáculo

Este espetáculo é a versão brasileira de LE MOI, LE CRISTAL ET L`EAU , obra de dança com mediação tecnológica criada durante a residência artística no Centre Choregraphique National – Pavillon Noir, França (2007), prêmio recebido por Ivani Santana durante o MONACO DANCE FORUM 2006, no qual foi contemplada também com o PRÊMIO UNESCO PARA PROMOÇÃO DAS ARTES. Esta obra faz uma reflexão sobre as transformações das subjetividades pelo contexto da cultura digital.


Concepção, direção e projeto de mediação tecnológica: Ivani Santana
Assistente de direção: Verônica de Moraes
Dançarinos: André Carsant, Daniela Guimarães, Diane Portella, Hugo Leonardo, Ivani Santana, Sol Gonzalez
Manipulação de imagem em tempo real: Drica Rocha e Sol Gonzalez
Captura e edição de imagens: Gabriel Teixeira
Fotografia: Claudia Buonavitta
Música: Edbrass e Nãna Dias
Desenho de luz: Pedro Dultra
Produção artística: Cacilda Povoas
Duração: 1h

Apoio: Escola de Dança, CPD e TV UFBA

SOBRE IVANI SANTANA
Desde 1990 pesquisa a dança com mediação tecnológica tanto no campo acadêmico como no artístico. Mestre e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Nos últimos anos o foco de sua investigação teórica e artística é a dança criada para as tecnologias móveis e a robótica. Destacamos: Versos (2005) entre Salvador, Brasília e João Pessoa, Proyecto Paso (2006/2007) entre Brasil, EUA e Espanha, (IN)-Toque (2008) entre quatro cidades e com uso da robótica. É coordenadora do Grupo de Pesquisa Poética Tecnológica na Dança e professora da UFBA. Autora dos livros: Dança na Cultura Digital (2006) e Corpo Aberto: Cunningham, dança e novas tecnologias (2002). Trabalhos destacados: Corpo Aberto (2001); Pele (2002), Casa de Nina (2004) e "E fez o homem a sua diferença" (2005).

segunda-feira, outubro 13, 2008

Encontro Terceira Margem - vídeos selecionados

ENCONTRO TERCEIRA MARGEM
Bienal Internacional de Dança do Ceará/De Par Em Par 2008

Corpo e imagem: o que é o corpo performático elaborado através da imagem? o que muda nesse deslocamento da presença? Com estas provocações a Bienal Internacional de Dança do Ceará realiza, até novembro, uma série de ações formativas em seu ano par, tendo como ponto alto o ENCONTRO TERCEIRA MARGEM, que acontece de 17 a 26 de outubro. Serão dez dias de uma extensa programação internacional em Fortaleza e em cidades do interior, com mostra de vídeos, instalações, intervenções urbanas em espaços da cidade, fachadas de prédios e terminais de ônibus, mini-cursos, mesas-redondas, retrospectivas, debates, apresentação de espetáculos convidados e seminário com o tema “Presença e Performance, as linguagens do corpo através da imagem”.

Já estão confirmados espetáculos de Maguy Marin (França) – com o trabalho “Umwelt” -, de Fabrice Lambert (França) e de Edgardo Mercado (Argentina). Entre os palestrantes do Seminário: Thereza Rocha (RJ), Paulo Caldas (RJ), Felipe Ribeiro (RJ), com mediação de Marcos Moraes (SP). Mini-curso com Chistine Greiner (SP). Instalação com trabalhos de Letícia Parente, cearense que foi pioneira da vídeo-arte no Brasil, e lançamento do DVD com suas obras restauradas e apresentação de André Parente (RJ). O desafio da Bienal nesse Encontro é ampliar sua atuação em direção às artes do corpo, propondo uma ação de difusão, formação e pesquisa em torno de trabalhos que tenham na imagem um ponto de re-elaboração da corporeidade.

Encontro Terceira Margem
Programação

1ª edição do ENCONTRO TERCEIRA MARGEM, ação da Bienal Internacional de Dança do Ceará/De Par Em Par 2008. De 17 a 26/10 em Fortaleza. Toda a programação é GRATUITA. Mais Informações: Rua José Avelino, 495 – Praia de Iracema – Fortaleza/Ceará. Telefone: 55 (85) 3219.3803. E-mail: info@bienaldedanca.com.

acessar programação

Encontro Terceira Margem
Lista de Classificados

Quarenta propostas artísticas de intervenção urbana em fachadas de prédios e terminais de ônibus, instalações e mostra de vídeos foram selecionadas para compor a programação oficial da 1ª edição do ENCONTRO TERCEIRA MARGEM, projeto da Bienal Internacional de Dança do Ceará/De Par Em Par 2008, que acontecerá de 17 a 26 de outubro em Fortaleza e Sobral.

São 29 trabalhos para na categoria mostra de vídeos; duas instalações; sete intervenções urbanas em fachadas de prédios; e duas intervenções urbanas em terminais de ônibus, categoria que conta ainda com quatro projetos na lista de classificáveis.

Foram mais de 90 inscrições que chegaram de todo o Brasil, com propostas de artistas de diferentes linguagens, do Pará ao Rio Grande do Sul, passando por Bahia, Brasília, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. clique no link abaixo para acessar lista dos selecionados por categoria.

lista dos classificados:

Alex Cassal – Jornada ao umbigo do mundo – Rio de Janeiro (RJ)

Alex Soares da Silva – Entre vírgulas da concepção ao fim – São Paulo (SP)

Ana Cristina Mendes Façanha – Abraço Líquido – Fortaleza (CE)

Ana Cristina Mendes Façanha – Contra o fluxo – Fortaleza (CE)

Ana Reis Nascimento – Ensaio sobre o muro – Uberlândia (MG)

Daniela Gurgel do Amaral Carleial – Apnéia – Fortaleza (CE)

Diego Machado – Mexendo nas Partes - Part II – Porto Alegre (RS)

Edlisa Barbosa Peixoto – Isto não é uma lata – Fortaleza (CE)

Elcio Rossini – Inflável 1 (série Objetos para ação) – Porto Alegre (RS)

Elcio Rossini – Ora Bolas (série Objetos para ação) – Porto Alegre (RS)

Ellen Melo dos Santos Cruz – Sensações contrárias – Salvador (BA)

Fernanda Eugênia – Ninguém aqui tem portas anti-pânico – Rio de Janeiro (RJ)

Francisco Thiago Cavalcante – Um dia fora do tempo – Fortaleza (CE)

Gerson Carlos Matias de Sousa – Meninos e Homens – Itapipoca (CE)

Gerson Carlos Matias de Sousa – Compartimentos – Itapipoca (CE)

Gustavo Parente – Espuma e osso – Fortaleza (CE)

Gustavo Parente – Horizonte – Fortaleza (CE)

Joana de Godoy Ferraz – ... pelo que é difícil encontrar-lhes a saída – São Paulo (SP)

Joubert de Albuquerque Arraias – Cavalo marinho No meu sertão tem mar – Fortaleza (CE)

Lilyen Vass – MÃOS – Rio de Janeiro (RJ)

Marcelo Ikeda – Abismo – Rio de Janeiro (RJ)

Maria Dundakova – Hey Wave!

Sissi Betina Venturim Garcia – In Box: Para Edie Sedgwik – Porto Alegre (RS)

Ticiano Monteiro – Vermelho – Fortaleza (CE)

Ticiano Monteiro – O Quarto – Fortaleza (CE)

Thais Dahas – Antes do sangue – Fortaleza (CE)

Thais Dahas – 257m² - Fortaleza (CE)

Themis Memória – Azul – Fortaleza (CE)

Tomás Rezende – Memória – São Paulo (SP)

Segunda-feira, 13 de Outubro de 2008

Espetáculo francês Umwelt, que inicia circuito de festivais brasileiros no 13º FIDR, é destaque na revista Bravo! >> leia matéria completa

Assista um trecho do espetáculo aqui


Quatro Mestres e um Prospósito
Coreografias de Maguy Marin, Wim Vandekeybus, William Forsythe e Jiri Kylian chegam ao país neste mês. Cada um a sua maneira, eles mostramo potencial de renovação da dança contemporânea

Ana Francisca Ponzio

Reinventar sempre. Mesmo entre os expoentes da dança, esse é um desafio difícil de vencer. O coreó­grafo francês Maurice Béjart (1927-2007), por exemplo, não conseguiu manter o vigor criativo até o fim da carreira. No entanto, ícones de sua produção, como Sagração da Primavera, permanecem, assim como o mito construído em torno da imagem do coreógrafo. A alemã Pina Bausch também se mantém acima do bem e do mal, mas hoje decepciona com peças como Bamboo Blues, que se perde em supérflua visão da Índia. Felizmente, a renovação e a vitalidade seguem na maior parte da produção de quatro coreógrafos que têm obras apresentadas no Brasil neste mês: a francesa Maguy Marin, que está na programação de festivais de dança no país; o belga Wim Vandekeybus, que marca presença na Mostra de Artes do Sesc de São Paulo; e o americano William Forsythe e o tcheco Jiri Kylian, que integram o programa que o Ballet da Ópera de Lyon apresenta na capital paulista.

"Não sei o que se passa com artistas que começam a se repetir, depois de terem sido muito fortes, ricos e criativos. Temo esse perigo, mas tento escapar dele ao iniciar uma nova criação como se estivesse penetrando numa terra estrangeira, sem me servir do instrumental utilizado na obra anterior", diz Maguy Marin a BRAVO!. Nascida em 1951, ela foi da companhia de dança de Béjart no início da década de 1970. Em 1981, firmou-se como coreógrafa ao criar MayB. Nessa obra-prima inspirada na literatura do irlandês Samuel Beckett, ela desmistificava a beleza ideal dos corpos dançantes por meio de personagens grotescos, que interrogavam o sentido da existência coletiva a partir dos estados íntimos de cada um.

Em Umwelt ("ambiente"), que seu grupo traz para o Brasil, Maguy recorreu novamente a Beckett e, mais uma vez, foi saudada como a autora de uma obra-prima. "Acho que MayB tem uma relação muito mais intuitiva com o universo de Beckett. Já em Umwelt, foi a composição de sua escrita que me serviu de base, a capacidade de esse escritor gerar todas as variações possíveis a partir de um texto feito com economia de meios", afirma a coreógrafa. Umwelt não reúne os personagens fantasmagóricos de MayB, que remetiam a uma imagem arcaica da humanidade. Encarnando pessoas comuns do dia-a-dia atual, os bailarinos surgem e desaparecem em meio a espelhos. Em uma sucessão de seqüências curtas, eles repetem ações corriqueiras, como acordar, tomar café, almoçar, limpar o chão. "É como se o mundo fosse uma série de variações sobre a mesma coisa", explica Maguy. "Trata-se de uma peça que não apresenta um movimento dançado, como em outras criações que fiz."

Onde e quando
Umwelt, de Maguy Marin, com a Cia. Maguy Marin. Dia 14, no Festival de Recife (www.dancarecife.blogspot.com). Dia 17, na Bienal de Fortaleza (www.bienaldedanca.com). Dia 25 e 26, no Sesc de São Paulo (tel. 0++/11/3095-9400). Dia 30, no Panorama de Dança no Rio de Janeiro (www.panoramafestival.com). Dia 2/11, no Festival Internacional de Dança de Belo Horizonte (www.fid.com.br).

quinta-feira, outubro 09, 2008

O vídeo IN-PRESSÕES SOBRE AZULEJOS: ENSAIO PARA BANHEIRO, VESTIÁRIO, HOSPITAL... foi selecionado em 3 festivais em 2008

FRAME, Porto - Portugal;
http://www.fabricademovimentos.pt/frame_08_reg.html

VIDEOFRANTERAS, Cuenca - Espanha;

http://videofronteras.blogspot.com/

Festival Cinco Minutos, Salvador- Bahia;
http://www.dimas.ba.gov.br/5min2008/index.html




Ficha Técnica:

Título:
IN-PRESSÕES SOBRE AZULEJOS: ENSAIO PARA BANHEIRO, VESTIÁRIO, HOSPITAL.

Categoria: videodança

Criação e Interpretação: Verônica de Moraes

Imagens: Alessandro Luppi

Trilha Sonora original: Som do Roque

Montagem e Edição: Drica Rocha

Produção: Coletivo L.A.M.I.A.

Tempo: 5 minutos

Local de produção: Salvador - Bahia

Ano: 2008


sobre o vídeo:

In-pressões sobre azulejos, tem como proposta apresentar um recorte acerca de um corpo que habita um não-lugar. O intuito é de criar imagens ambivalentes que podem remeter a banheiro, vestiário, hospital, etc, na relação entre lugar-azulejo e o corpo que imprime suas partes na história em sua superfície. O trabalho é um ensaio vídeo-performativo do Coletivo LA.M.I.A. que tem o interesse em pesquisar as relações entre corpo, ambiente e a linguagem audiovisual em suas experimentaIn-terpretações.

O Coletivo LA.M.I.A ( Laboratório Artístico Multimidiático de Intervenções Ambiental) foi criado em maio de 2008 e é composto por artistas que trabalham em diferentes linguagens. Dentre as principais produções destacam-se: Contrapontos (video-dança), Performance Lama e Gabinete Instantâneo de Leitura.
Componentes: Drica Rocha, Som do Roque, Verônica de Moraes, Hugo Leonardo, Ana Amélia Reis, Leda Bazzo, Cláudia Buonavita, dentre outros artistas e não- artistas convidados para integrar determinada proposta de intervenção urbana e/ou de produção de vídeos-arte.

terça-feira, outubro 07, 2008

O Vídeo-dança CONTRAPONTOS selecionado para a 7ª edição do festival FRAME 2008


Cara Sra:


O FRAME Festival Internacional de Vídeo-Dança, vem informar que seu vídeo Contrapontos, foi seleccionado para integrar a 7ª edição do festival, que irá decorrer de 10 a 16 de Novembro.2008


Com os melhores cumprimentos,


Alberto Magno
-Programação-
FÁBRICA DE MOVIMENTOS
Rua do Almada, 424 - 2º esq. frt

4050-032 - Porto/Portugal
tl: +351 222011362
fax: +351 222033090
e-mail: fabricamovimentos@hotmail.com

o vídeo CONTRAPONTOS pode ser visto no blog:

http://contrapontosvideodanca.blogspot.com

domingo, outubro 05, 2008

Gideon Obarzanek



O coreógrafo Gideon Obarzanek e o criador de software interativo Frieder Weiss conceberam Glow, um trabalho que eles definem como ficção biotecnológica, no qual os movimentos da bailarina geram uma resposta de luzes e gráficos em tempo real por meio de um software que rastreia o movimento. Glow foi apresentado no The Kitchen, em Nova York em fevereiro através de uma co-produção The Kitchen e The Joyce Theater.


Chunky Move foi fundada em 1995 por Obarzanek. A companhia faz turnês pelo mundo e em 2001 apresentou Corrupted no BAM - Next Wave Festival. Em 2005 a companhia recebeu um prêmio Bessie por Coreografia/Criação de destaque em Nova York por Tense Dave. Trabalhando com diversas mídias, incluindo novas tecnologias, o diretor Obarzanek fala a Cristiane Bouger sobre Glow e a cena da dança contemporânea na Austrália.

Muitos dos seus trabalhos parecem desvelar questões existenciais fundindo movimento e novas tecnologias. Como você desenvolveu esse interesse?
Eu me interesso por diferentes formas de ver ou perceber o corpo e, assim, possivelmente ganhar uma nova percepção sobre nós mesmo. Entretanto, mais frequentemente isso resulta em ver algo já conhecido ou familiar de uma nova maneira.
Meu trabalho, na verdade, se divide em duas correntes, uma com novas tecnologias e outra com quase nenhuma tecnologia, ou tecnologias de palco muito velhas e familiares, como cortinas e palcos giratórios. Nessas produções low-tech, eu frequentemente trabalho com uma combinação de atores e dançarinos e os resultados são muito mais teatrais, incorporando, muitas vezes, texto e personagens.

Como você e Frieder Weiss desenvolveram o conceito de Glow? Há quanto tempo vocês têm pesquisado essa possibilidade específica de um software que rastreia o movimento?

Eu estava trabalhando um pouco com projeção de vídeos no passado e era sempre pré-editado, quase sempre em telas e raramente em corpos. Eu queria usar a projeção de vídeo como um instrumento de iluminação para ver o corpo, ao invés de me preocupar com as imagens que eram projetadas. Originalmente, eu imaginei que isso poderia acontecer com vídeo pré-editado, mas eu encontrei Frieder em um fórum em Mônaco e ele me mostrou alguns dos resultados de rastreamento nos quais ele estava trabalhando. Isso era muito mais excitante e sem o tédio do dançarino ter que responder rigorosamente ao vídeo pré-editado.

Enquanto Frieder fazia alguns avanços em detalhes de seu software, nós usamos essencialmente o programa que ele estava desenvolvendo ao longo dos anos e realmente expandimos seu detalhamento e sensibilidade. Tentamos fazer de nossos trabalhos parceiros iguais, então não era só a projeção dando apoio para a dançarina e seu movimento, ou inversamente, a dançarina só demonstrando as possibilidades da máquina.

Você pode falar sobre como acontece a interação entre a dançarina e os gráficos de movimentos?

A dançarina e o chão onde ela dança são iluminados por luz infravermelha. Uma câmera de vídeo capta de cima só a imagens no espectro infravermelho e capta a dançarina em movimento como uma forma preta sobre um fundo branco. O deslocamento contínuo do seu contorno e também a sua taxa de movimento são inseridos no computador como dados. O computador processa essa informação através de uma série de algoritmos que geram respostas de vídeo em tempo real. Essas imagens são projetadas de volta sobre a dançarina e o chão por meio do projetor de dados posicionado e alinhado com a câmera de vídeo em cima. Já que projetores de vídeo não emitem luz infravermelha, a câmera só vê o corpo humano e não as projeções. Essa troca acontece em uma fração de segundo, dando a impressão de que a relação é instantânea.

Você trabalhou com uma tecnologia de sistema interativo em Closer (2002). Há alguma semelhança entre Closer e Glow?

Encenada no espaço público de uma galeria, Closer era uma instalação contínua pensada para que o público que assistia e passava por ela pudesse participar. Era bem diferente da performance de Glow. Em Closer, havia uma grande projeção vertical de um dançarino, isso estava posicionado em uma sala com grandes almofadas. Usando seu próprio corpo contra essas almofadas e ativando sensores, os espectadores podiam afetar o andamento do filme, como viam o dançarino e o que o dançarino fazia. Se os espectadores quisessem que algo acontecesse, eles tinham que se tornar ativos, então, no final, o público era tão, ou mais, ativo que o dançarino na tela.

Sobre Glow… Como a coreografia foi desenvolvida em relação ao software? Uma coisa veio antes da outra?

Na primeira visita de Frieder ao meu estúdio em Melbourne, Austrália, nós ficamos o tempo todo olhando para possíveis relações de rastreamento entre seu software e um corpo em movimento. Eu acho que não coreografamos nada. Neste período eu tinha documentado um cardápio detalhado de possibilidades entre o sistema da máquina e um só corpo. Eu queria ver as qualidades estéticas e cinéticas inerentes da máquina. Enquanto a maior parte das relações tiveram resultados visuais bem espetaculares, sozinhas, elas eram rapidamente reduzidas a truques bonitos.
Sem Frieder, eu comecei a explorar a idéia de que o corpo não estava ainda totalmente formado, ingenuamente buscando aquilo que poderia se tornar, uma progressão de evolução constante. Fazendo isso, surgiram novas sugestões para relações interativas, bem como o refinamento e reformulação de coisas que já tínhamos feito. Então, a coreografia e o desenvolvimento do software estavam em constante estado de fluxo, uma via de mão dupla.

Vendo o espaço do corpo mapeado por padrões de luz foi muito significativo para mim… De alguma forma, me levou a pensar em campos de energia e física quântica. Você pensou em algo relacionado com isso, quando você concebeu Glow?

Eu estava só concentrado no movimento e no comportamento de luz e imagem que se complementavam. As maiores considerações eram coisas que saíssem ativamente do corpo, o que o corpo deixa para trás e a luz e as imagens que estavam do lado de fora, pressionando ou envolvendo o corpo. A idéia era que o corpo não é realmente separado do espaço em volta dele, que existe constante troca e influência acontecendo.

Na maioria dos trabalhos de dança e teatro, o desenho de luz é tratado como o último elemento a ser pensado no palco. Glow me revelou uma nova abordagem para o uso desse elemento, porque, para mim, a luz define a dramaturgia da sua peça. Você pode elaborar sobre a dramaturgia de Glow e como ela está centrada no desenho da luz controlada pelo software de rastreamento de movimento?

O paradoxo de Glow para mim é que, mesmo usando uma tecnologia muito sofisticada de interatividade, o trabalho não é realmente sobre tecnologia ou nossa relação com ela. É profundamente humana, do começo ao fim. A jornada do trabalho pode ser vista como uma evolução, um sentido de ganhar consciência de si. A iluminação e as imagens são uma maneira de, literalmente, ver humor e movimento e definir o corpo humano tanto como sendo autônomo em relação ao seu entorno, como também, inextricavelmente ligado. As ações da dançarina repercute por todo o espaço da performance e também faz alusão ao que pode estar acontecendo internamente, um sentido de assombro. Nos segundo finais do trabalho, a performer se separa e rompe a relação com os gráficos e fica autônoma. A luz é grande e branca e cobre tudo. A luz que irradia refletida do chão ilumina até a platéia toda que está sentada em volta. Então, a luz se reduz um pequeno ponto para onde a dançarina está olhando e, num relance, desaparece deixando-a de pé no palco.

Eu leio em Glow uma velha idéia de luz e sombra inerentes ao ser humano, mas você trouxe uma abordagem muito eficiente através do uso da luz. Para mim, foi como uma atualização estética de algumas de nossas eternas questões existenciais encenadas. Para além do impressionante impacto tecnológico da peça, como disse antes, me fez pensar sobre o momento da consciência quântica no desenvolvimento humano e sobre tantos escritores que têm criado aproximações entre ciência e outras áreas de conhecimento numa tentativa de entender nossa conexão com tudo mais que existe no mundo…

Eu construo a partir de pedaços muito pequenos. Então, desenvolvimento é inerente à maneira como trabalho. A direção da maioria das coreografias é sofisticação e a direção dramática é o destaque da consciência do performer sobre sua própria evolução.

Algo que é realmente sofisticado em Glow é o fato de trazer uma resposta gráfica em tempo real para o movimento da dançarina e que não é baseado em uma projeção de vídeo na qual a dançarina tem que encaixar seu tempo de coreografia… e, porque a coreografia também é influenciada pelo padrão do software em momentos específicos, eu acho que pode permitir um paralelo com a nossa relação diária com fontes tecnológicas e como elas redefinem nossos movimentos diários ao mesmo tempo em que são, cada vez mais, concebidas para responder aos nossos corpos. De alguma forma, questões como essa tem sido exploradas demais na indústria cinematográfica, mas você apresentou essa interação no palco de uma forma tão elaborada e, ao mesmo tempo, simples… Foi uma experiência muito bonita para mim.

Eu não tive muita consideração com a nossa relação com a tecnologia ao criar esta peça, mesmo sendo fundamental a relação prática entre a performer e a máquina.

Existe algo bem diferente entre o trabalho ao vivo e nossa experiência dele em comparação a assistir um filme. As coisas que consideramos normais em um filme são frequentemente surpreendentes e chocantes ao vivo. Sabemos que o filme é altamente mediado, enquanto eventos ao vivo ainda têm um sentido de verdade, então, quando testemunhamos coisas como esforço e beleza ao vivo, é uma experiência muito forte.

Nós gravamos Glow em vídeo muito bem e as pessoas que assistem sem saber que é uma gravação de um evento que acontece ao vivo, não se impressionam nada. A maioria assume que são pós-efeitos gráficos.

Eu gostaria de entender melhor o papel da voz nesse trabalho… Eu questiono o uso de gritos na sua dança, mas isso é muito pessoal. Eu só tenho a impressão de que a coreografia e a dançarina são muito fortes e você não precisa disso.

Algumas pessoas também questionaram o usa da voz nessa peça e eu concordo em parte. Entretanto, há momentos nesse trabalho em que eu queria tirar a performer da composição estética. Não está totalmente certo, mas é algo com o qual ainda estou trabalhando e estou confiante de que tem lugar na peça.

Estou interessada na maneira como você borra as fronteiras da dança ao desenvolver o trabalho do Chunky Move em uma vasta gama de formatos incluindo instalações, filmes, produções site specific e de palco. Depois de pesquisar sobre alguns de seus trabalhos, fica claro que você é muito engajado em um entendimento teatral, mais do que somente coreográfico de cada trabalho. Por exemplo, isso é muito claro em Tense Dave. De onde vem essa influência?

Eu não sou um amante da performance de dança. Pelo contrário, eu muitas vezes duvido que seja um meio de expressão legítimo e forte. A maioria dos meus trabalhos são, parcialmente, exercícios para provar para mim mesmo sua validade. É uma relação estranha, já que a dúvida é também minha motivação. Dentro disso, meus interesses são como a maioria das pessoas - tentar entender a mim mesmo e o mundo em volta de mim e tentar achar significado naquilo que fazemos e somos. Em última instância, tentar entender o que é ser humano. Eu sei que é vago e algo banal, mas é o único fio que eu consigo identificar que junte os meus trabalhos ecléticos.


Uma coisa que fica clara para mim é a sua preocupação real com a perspectiva da qual o espectador vê o seu trabalho. Seu trabalho parece lidar com a perspectiva como um princípio fundamental. A maneira como o palco gira em Tense Dave, a proximidade e a interatividade da platéia em Closer e a maneira como olhamos para chão em Glow. Você pode me falar mais sobre isso?


Eu tenho sido, às vezes, hesitante em usar o palco convencional e sua conseqüente relação mais convencional entre o trabalho e a platéia. A idéia original para Tense Dave era um tour da platéia por uma série de salas com Dave, mas a pressão do meu produtor para fazer uma turnê com alguns dos meus trabalhos fez com que Dave acabasse em um palco, andando em círculo por salas enquanto a platéia assistia de seus lugares.

Eu acho que eu só queria que as pessoas se sensibilizassem com o que vissem e que muitas vezes tivessem um sentido consciente de que estavam lá, testemunhando. Na escuridão do auditório do teatro, o espectador deixa de existir de forma corpórea. Se vêem a platéia do outro lado daquilo que estão assistindo, também olhando para eles, eles se tornam conscientes de si, do que estão fazendo, como aparentam e seu papel. Parece importante para mim que a platéia possa ver o trabalho e o resto da platéia assistindo também. Eu também gosto que a platéia fique perto das performances de dança. Eu acho que, assim, aproveitam mais a experiência.

Você está expandindo em seu novo trabalho - Mortal Engine - a mesma tecnologia que você usou em Glow?

Mortal Engine explode a tecnologia que usamos em Glow para uma escala muito maior. Nós usamos quatro sistemas de rastreamento separados em Mortal Engine enquanto em Glow, usamos apenas uma. O sistemas de Frieders se comunicam com o sistema de laser de Robin Fox bem como com o som e a música da Ben Frost permitiram o fluxo de informação entre o corpo que se move no palco, a projeção de laser, a imagem de vídeo e a composição do som.
Como um desenvolviento do solo original de Glow, Mortal Engine se debruça sobre relações, conexão e desconexão, isolamento e intimidade, em um estado de fluxo constante. Conflitos entre o eu e um outro sombrio - o outro que está dentro e o outro como outro. Duetos são vistos tanto como pares como indivíduos se esforçando para escapar da obscuridade interior - mortalidade, sexualidade, desejo.

Qual é o momento atual da dança contemporânea na Austrália e como você vê a Chunky Move dentro de seu contexto?

Essa é uma pergunta grande e difícil! Enquanto a população da Austrália é muito pequena, pouco mais de vinte milhões, a dança contemporânea aqui é muito diversificada com muitas influências. Com certeza há uma busca por um sentido de identidade no trabalho australiano que possa distingui-lo dos cânones maiores da Europa e da América do Norte. Isso é frequentemente alcançado em formas mais brutais com certos cenários australianos clichês em trabalho de dança-teatro e, às vezes, sutilmente em trabalhos baseados em movimentos. Interessantemente, quanto mais forte é a busca pela identidade australiana, mais parece revelar que existe muito pouco de exclusivamente australiano e que nós compartilhamos preocupações, valores e características muito comuns na maioria das culturas contemporâneas. Ou talvez a dança não seja um meio bom o suficiente para dar conta de nuances culturais distintas mais complicadas.


Algum plano de apresentar o trabalho do Chunky Move no Brasil?

Nunca estivemos no Brasil e adoraria ir! Nós precisamos nos conectar com algum festival e/ou com organizações de performance por lá.

Tem alguma coisa que você gostaria de dizer que ainda não falamos sobre?

Essa foi a entrevista mais abrangente que eu já fiz. Não.

Muito obrigada pelo seu tempo para responder essa entrevista. Foi um prazer vivenciar Glow.

Foi bom pra mim ter que articular minhas respostas e eu espero conseguir me apresentar no Brasil em um futuro próximo.

Glow foi visto em 9 de fevereiro de 2008 no The Kitchen, na cidade de Nova York. Esta entrevista foi conduzida por e-mail em março.

Para saber mais sobre Glow, clique aqui. Para saber mais sobre Chunky Move, clique aqui.

Cristiane Bouger (Brasil, 1977) é diretora de teatro, dramaturga, performer e videoartista. Ela trabalho e mora em Nova York. Lá, ela escreve sobre dança e arte contemporânea para The BraSilians, Movement Research Performance Journal e Critical Correspondence. Em 2004 ela concebeu e dirigiu Community, Activism and the Downtown Scene - an independent documentary about the experimental scene in New York (Comunidade, ativismo e a cena downtown - um documentário independente sobre a cena experimental em Nova York). O Documentário estreou no Brazil em 2006, foi exibido no circuito independente no país e foi apresentado como parte do festival de dança In-Presentable 08, em Madri na Espanha em 2008 e na Judson Church durante o Movement Research Festival. Atualmente, está desenvolvendo o segundo capítulo da performance híbrida Walk East - Erotics Poems by Norma Kluster em Nova York e em Portugal. Ela é membro do Coletivo Couve-flor - Minicomunidade artística mundial. www.cristianebouger.com

LIGIA CLARK

« Quantos seres sou eu para buscar sempre do outro ser que
me habita as realidades das contradições? Quantas alegrias e dores
meu corpo se abrindo como uma gigantesca couve-flor ofereceu ao
outro ser que está secreto dentro de meu eu? Dentro de minha
barriga mora um pássaro, dentro do meu peito, um leão. Este
passeia pra lá e pra cá incessantemente. A ave grasna, esperneia e é
sacrificada. O ovo continua a envolvê-la, como mortalha, mas já é o
começo do outro pássaro que nasce imediatamente após a morte.
Nem chega a haver intervalo. É o festim da vida e da morte
entrelaçadas.»

TEXTOS ON-LINE SUELY ROLNIK
http://www.caosmose.net/suelyrolnik/index.html

Francesca Woodman



o corpo como laboratório de si

Por Nilson Oliveira

Algumas imagens chegam até nós provocando uma sensação de estranhamento. Pela força indescritível de sua presença, vão cada vez mais atraindo, arrastando e seduzindo-nos como um canto de sereias. Não há miragens, o inferno é ver. Essa viagem nos causa um quase mal-estar, mas sua força, seu modo de nos arrancar os olhos, consiste nesse quase. A imagem mantém-se em nós tão somente por ser esse fora indescritível, pelos lances que vimos, mas não conseguimos apreender, como um vulto. Assim encontramos as fotografias de Francesca Woodman, figura curiosa que, como suas imagens, seduziu sem deixar pistas. Woodman entrou para a fotografia usando o corpo como experiência, como laboratório de si. Fez uma viagem sem volta ao limiar do corpo, como se percorresse seus limites para encontrar o inevitável: seu devir-outro-fotográfico, sua imagem-vulto: trata-se de uma quase assinatura como se no meio do tumulto animal da vida, uma outra imagem, ou sombra, se intercalasse, não como pólo gerador daquelas imagens, como autor da obra inscrita mas, pelo contrário, como o que deixa apenas um rastro secreto, como aquele que ao movimento, ao que é animado, confundindo-se com a pedra, tornada para nós tumular – aquela que guarda o segredo do nascimento da arte. Não é, portanto, uma alma ou subjetividade criadora, mas um corpo deitado, na dor, no sono ou na morte. É a dispersão do corpo, do rosto e do próprio olhar, de um corpo que jaz enterrado na fronteira entre a ausência, a aparição, o desaparecimento. De um corpo que sempre reflete à sombra de uma outra imagem, uma imagem falha; que quando mirado, se dispersa entre as coisas do mundo. Nessa esfera não há representação do rosto nem, portanto, do olhar. Seu rosto nada revela. A verdade de sua aparência é um enigma, um exílio. Sua substância acontece, fora de si, no espaço que há entre a força que o move e o mundo que o acolhe. Sua imagem não é a revelação de uma realidade, mas de uma sombra, de algo que é inteiramente vivo e no entanto não orgânico. Há nas fotografias de Francesca algo que nos força a pensar. Este algo nos arremessa de encontro a realidades em que muitas vozes se atravessam, por vezes ouvimos Artaud: o pulsar o corpo sem órgãos; por vezes Bataille: a febre e a intensidade; mas por vezes, entre a sombra e a claridade o canto silencioso de Rilke: a sombra da morte. Mas isso, esse turbilhão de coisas e vozes, nas fotografias de Francesca Woodman, só pode ser apreendido a partir de uma perspectiva da sensação, em vôos que o olhar mergulha no diverso e nele se perde, sob a égide da paixão, da dor ou da morte. Em sua primeira característica, e sob qualquer tonalidade, essas imagens só podem ser sentidas. Não é uma estrutura, mas uma abertura, a fissura pela qual os olhares se atravessam. Ela é também, de certo modo, o incomunicável; segundo o caso da arte, o incomunicável, passível no entanto de comunicação. Nas suas fotos, cada imagem parece perdida de uma atmosfera identitária, em cada foto é sempre outra, como se seu corpo estivesse mergulhado em um contínuo jogo de simulacros onde a origem, a verdade, a matriz, há muito se apagou. Não há realidades, mas tudo é o que é: um corpo estendido no deserto de uma paisagem. O deserto é a fotografia, mas o corpo parece atravessado de sensações, de febre, de morticidade. Tudo parece vivo e morto. como se a vida fosse o fora da morte, mas a morte o seu dentro, sua afirmação inevitável.

Francesca transcorre pela linha que cruza de uma realidade a outra. Nas suas fotos, as linhas estão sempre se encontrando, fabricando dobras, redobras, criando um aberto de possibilidades com a força de uma máquina desejante, que da sua intensidade-corpo, passa para uma máquina-desejo, que, no seu funcionamento, engendrada uma corrente de fluxos, cortes, vultos, peles. Nas suas imagens, há sempre uma pulsação de intensidades operando no seio de um acontecimento: série binária é não linear vazando por todas as direções. O desejo não cessa de efetuar acoplamentos de fluxos, pensamentos, volúpia, sobra, pele. O corpo de Francesca parece amarrado ao seu limite, mas dele escorre uma leveza indescritível. A sua imagem revela-se como uma quase epifania, mas nunca da ordem de um sagrado. Sua imagem atravessa a fotografia como o Monge Negro rasga a retina do jovem Kovrin, conduzindo-o ao seu limite, mas a atração também. Kovrim é atraído a ir, e vai atravessando todos os riscos que implicam esse ir: Kovrin reteve a respiração, seu coração parou de bater e o mágico, extático transporte que há muito tempo esquecera, voltou a palpitar em seu coração. O susto é inevitável. Assim foi Francesca na sua experiência com a fotografia, mas sobretudo, na sua viagem à superfície do corpo. Lembremos Valery: o mais profundo é a pele. Essa foi a sua viagem, ao profundo da superfície, às entranhas da derme. Assim vamos nós ao encontro das suas imagens, numa experiência da sensação e do ver. O susto arderá através das retinas.

Francesca Woodman nasceu em Devem, Colorado, em 1958. Começou a fotografar aos 13 anos. Seu foco de experiências era o próprio corpo. Em Janeiro de 1981 publica o livro “Disordered Interior Geometries”. Uma sema depois, atravessa a janela do seu apartamento.

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Francesca Woodman ( 1958 - 1981 )
EUA

( Biografia )
Nasceu em Denver (Colorado, EUA) no seio de uma família de artistas (a sua mãe era ceramista e o seu pai pintor). Começou a fotografar por volta dos seus 13/14 anos, adoptando rapidamente a fotografia a preto e branco. Num curto período de tempo, ela produziu uma assinalável e intensa obra. Estudante entre 1975 a 1979 na escola de design de Rhode Island em Providence, obteve uma bolsa de estudo que lhe permitiu passar um ano em Roma no palácio Cenci. Descobre aí a livraria-galeria Maldoror, especializada em surrealismo e futurismo, e realizou a sua primeira exposição individual. De regresso aos Estado Unidos, acaba os seus estudos em Providence, e instala-se a seguir em Nova Iorque. Desenvolve projectos de grande envergadura como os diazotypes (grandes formatos em papel azul e sépia). Desenha sérias maquetes de livros que apresentam as suas fotografias. Só a obra “Some Disordered Interior Geometries” será publicada em 1981, data em que põe termo aos seus dias, com a idade de 22 anos. Deixa mais de 800 provas onde ele própria se põe muitas vezes em cena. Aliás, escreve no seu diário: “Ser fotografada ajuda-me a ser eu mesma.”

http://saisdeprata-e-pixels.blogspot.com/2007/09/francesca-woodman-na-tate-modern.html