“Foi necessário transformar o corpo num território privilegiado de experimentações sensíveis, algo que possui uma certa inteligência que não se concentra apenas no cérebro. Foi preciso liberta-lo de tradições e moralismos seculares, fornecer-lhe um status de prestígio, um lugar radioso, como se ele fosse uma alma. Desde então foi fácil considera-lo uma instigante fronteita a ser vencida, explorada e controlada.”
“No lugar de promover a aceleração ou a desaceleração do corpo, o aumento ou a diminuição de seu peso, sua liberação ou sua disciplina, talvez o mais difícil seja criar elos entre cada corpo e o coletivo e, ainda, entre o corpo, seu passado e seu devir. Elos capazes de perturbar a confortável indiferença que os separa, fomentando coletivos destituídos de espírito de rebanho.”
Autora: DENISE BERNUZZI DE SANT’ANA
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