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segunda-feira, outubro 08, 2007

MAM recebe 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica Sesc-Videobrasil - Em Salvador

MAM recebe 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica Sesc-Videobrasil
Data: 05/10/2007
Fonte: Ipac - ascom@ipac.ba.gov.br

De 9 a 18 de outubro, o maior festival de arte eletrônica da América Latina traz a Salvador os artistas Marcel Odenbach, Kenneth Anger e Bouchra Khalili, filmes inéditos de Peter Greenaway, uma grande retrospectiva de videoarte e o melhor da produção recente do circuito sul

A partir de 9 de outubro até o dia 18 do mesmo mês, o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), vinculado ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), da Secretaria de Cultura da Bahia, recebe a intensa programação do 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica SESC-Videobrasil. O evento começou último dia 30 em sob realização do SESC São Paulo com curadoria de Solange Farkas, diretora do MAM-BA.

Toda a programação está no site www.videobrasil.org.br/16. Outras informações podem ser fornecidas também na sede do MAM, através do Núcleo de Projeto do MAM, Tel. (71) 3117-6065, de segunda à sexta-feira sempre das 9 às 18 horas.

O maior festival de arte eletrônica da América Latina enfoca as aproximações entre cinema, vídeo e arte, e traz a Salvador obras de sua mostra competitiva Panoramas do Sul; convidados, como o artista alemão Marcel Odenbach, pioneiro da arte em vídeo, e Kenneth Anger, um dos inventores do cinema underground americano; e três longas inéditos do cineasta britânico Peter Greenaway, além de conteúdos exclusivos para Salvador.

Com uma performance inédita, Lavagem da Capela do MAM, o artista baiano Marcondes Dourado abre o 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica SESC_Videobrasil na Bahia, dia 9 de outubro, às 21h. A programação, que se estende do MAM à sala Walter da Silveira, tem outros conteúdos exclusivos, como uma mostra de 59 obras que mapeia quarenta anos de videoarte na Alemanha, realizada em parceria com o Instituto Goethe da Bahia. A artista Bouchra Khalili, diretora da Cinemateca de Tânger, apresenta obras dos curtas-metragistas do Marrocos. No eixo Zona de Reflexão, artistas como Eder Santos e Claudia Andujar debatem a imagem contemporânea, o curador holandês Tom van Vliet apresenta um sistema de projeção imersiva, e workshops apresentam técnicas de manipulação de imagem ao vivo.

“O movimento de expansão do Festival não obedece só ao desejo de ampliar o público que tem acesso ao seu conteúdo, mas também de estimular a produção artística do Nordeste, atualizando nossas visões da arte contemporânea”, diz Solange Farkas. O Festival amplia a parceria com o Grupo Sala de Arte, que apóia todas as mostras do evento. A partir de agora, a Sala de Arte do MAM passa a ter uma faixa programada pelo Museu.

PANORAMAS DO SUL

A mostra competitiva do 16º Videobrasil reúne obras produzidas nos últimos dois anos por artistas da América Latina, África, Leste Europeu, Oriente Médio, Ásia e Oceania – regiões que compõem o sul geopolítico do mundo, foco de pesquisa do Videobrasil desde a década de 1990. A mostra se subdivide em três eixos: Estado da Arte, dedicado à produção de artistas consagrados; Investigações Contemporâneas, que contempla os processos de pesquisa; e Novos Vetores, com trabalhos de artistas de até trinta anos de idade. Salvador verá todas as obras em vídeo que participam da competição em São Paulo.

A seleção de 2007 partiu de 791 inscritos, e inclui obras dos brasileiros Eustáquio Neves, Lucas Bambozzi, Wagner Morales, Eduardo Climachauska, Marco Del Fiol, Maurício Dias (Brasil) e Walter Riedweg (Suíça), Cao Guimarães, Caetano Dias, Louise Ganz, Giselle Beiguelman, e Gustavo Rosa de Moura e Nuno Ramos, dos argentinos León Ferrari, Andrés Denegri, Gustavo Galuppo, Marcello Mercado e Federico Lamas, do libanês Akram Zaatari e da marroquina Bouchra Khalili.

Além de mapear a diversidade da produção eletrônica recente, a mostra Panoramas do Sul aponta tendências marcantes, inclusive aquela que se alinha ao eixo curatorial do Festival. “A seleção inclui diversas propostas que usam o cinema como matéria-prima, remixando e recontextualizando seqüências, cenas e diálogos”, diz Farkas.

Programa 1: 10.10, às 20h | Sala de Arte - MAM
Programa 2: 11.10, às 20h | Sala de Arte - MAM
Programa 3: 12.10, às 21h | Sala de Arte - MAM
Programa 4: 13.10, às 20h | Sala de Arte - MAM
Programa 5: 14.10, às 20h | Sala de Arte - MAM



CINEMA+VÍDEO+ARTE

40 ANOS DE VIDEOARTE NA ALEMANHA
Com 59 obras, o programa 40 Anos de Videoarte na Alemanha recompõe quatro décadas de arte eletrônica na Europa, a partir de meados dos anos 1960, quando o uso experimental do filme, da televisão e do vídeo começava a abrir um novo campo de trabalho para os artistas conceituais. O programa reúne obras de Peter Roehr, Marina Abramovic e Ulay, Josef Beuys, Rebecca Horn e do coreano Nam June Paik, pai da videoarte, que desenvolveu boa parte de seu trabalho na Alemanha. 40

Anos de Videoarte na Alemanha é uma apresentação do Instituto Goethe da Bahia.
Programa 1: 13.10 às 15h | Sala de Arte - MAM
Programa 2: 14.10 às 15h | Sala de Arte - MAM
Programa 3: 14.10 às 17h | Sala de Arte - MAM
Programa 4: 15.10 às 15h | Sala de Arte - MAM
Programa 5: 15.10 às 18h | Sala de Arte - MAM
Programa 6: 16.10 às 15h | Sala de Arte - MAM
Programa 7: 16.10 às 18h | Sala de Arte - MAM
Programa 8: 17.10 às 15h | Sala de Arte - MAM
Programa 9: 17.10 às 18h | Sala de Arte - MAM
Programa 10: 18.10 às 15h | Sala de Arte - MAM
Programa 11: 18.10 às 18h | Sala de Arte - MAM
Programa 12: 18.10 às 20h30 | Sala de Arte - MAM

BOUCHRA KHALILI
Nascida em Casablanca, a artista leciona estética e história do cinema em Paris e é co-programadora da Cinemateca de Tânger (Marrocos), que foi aberta em 2006 com a missão de iluminar a cultura cinematográfica do país e tornar-se ponto de intercâmbio internacional e centro de formação em cinema. O 16º Videobrasil faz uma retrospectiva de sua obra, que é marcada pelas idéias de trânsito e deslocamento e já foi tema da publicação on-line FF>>Dossier (www.sescsp.org.br/sesc/videobrasil/site/dossier026), do Videobrasil. Bouchra Khalili, que estará em Salvador, também traz ao Festival uma curadoria com obras realizadas por jovens cineastas e artistas marroquinos. Pertencentes à Cinemateca de Tânger, os filmes exploram sonhos de emigração, separação e retorno. A artista fala ao público sobre a produção dos artistas emergentes no Marrocos e da sua trajetória artística e curatorial.
Mostra Bouchra Khalili: 11.10, às 18h; 15.10, às 20h45 | Sala de Arte - MAM
Fala Bouchra Khalili: 11.10, às 19h30 | Auditório do MAM
Mostra Cinemateca de Tânger: 12.10, às 18h; 16.10, às 20h30 | Sala de Arte - MAM

KENNETH ANGER
Um dos inventores do cinema experimental americano, Kenneth Anger faz, aos vinte anos, o curta Fireworks, um pesadelo poético e sexual que chama a atenção de Jean Cocteau e da vanguarda européia. Nas décadas seguintes, suas experiências em película, povoadas por fetiches gay, referências ao ocultismo e rock-’n’-roll, lançam sementes em muitas direções. Pioneiro no uso de imagens editadas a partir da música pop, seus cortes são tidos como o fundamento do videoclipe. O Videobrasil traz a Salvador uma retrospectiva inédita no país da obra de Anger, com nove curtas realizados de 1947 a 1972, quatro deles em versões recuperadas em 35 mm.
Programa 1: 9.10, às 19h | Sala de Arte - MAM
Programa 2: 10.10, às 18h | Sala de Arte - MAM

MARCEL ODENBACH
Desde os anos 1970, o artista alemão Marcel Odenbach vem usando a imagem eletrônica para construir uma obra consistentemente comprometida com a idéia de iluminar questões políticas e sociais. Pioneiro da arte em vídeo, utiliza-se de excertos de filmes clássicos e de cinejornais – dos quais emergem imagens perturbadoras da realidade – para tratar da forma como as visões do passado moldam a percepção do presente. Seus vídeos e instalações já foram mostrados no MoMA de Nova York e nas Documentas 6 e 8 de Kassel. O 16º Videobrasil exibe em loop, durante todo o Festival, na Capela, dois programas de vídeos de Odenbach, produzidos entre 1978 e 2005.
De 9 a 18.10, de terça a domingo, das 13h às 19h, sábado, das 13h às 21h | Capela

MARCONDES DOURADO
Sincretismo religioso, cultura de massa, globalização, tradição, indústria, turismo e a crise da baianidade são os temas que o artista baiano toca com a performance Lavagem da Capela do MAM, que abre o Festival, dia 9.10, às 21h. Conhecido performer e autor de vídeos, o artista mixa, neste trabalho, elementos da tradição baiana, como a lavagem das escadarias da Igreja do Bonfim, signos católicos e afro-brasileiros para representar de maneira onírica, irônica e caótica a condição humana no mundo globalizado.
Performance Lavagem da Capela do MAM: 9.10 às 21h | Capela

PETER GREENAWAY
O desejo de romper com os limites físicos da tela-quadro e da narrativa literária – por meio de um uso mais inventivo das tecnologias da imagem – move o artista britânico Peter Greenaway em direção ao que considera o cinema do futuro. Conhecido pelos filmes que produziu nos anos 1990, como O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante, Greenaway alimenta há dez anos o projeto de cinema expandido Tulse Luper Suitcases, cujas tramas se espalham por filmes, performances, obras instalativas e sites. O projeto é construído em torno do personagem Tulse Luper, escritor que viveu entre prisões e desapareceu em 1989, deixando seu testemunho em 92 maletas. O 16º Videobrasil traz a Salvador os três longas-metragens da série Tulse Luper Suitcases.
Tulse Luper Suitcases 1: 13.10 às 21h | Sala Walter da Silveira
Tulse Luper Suitcases 2: 14.10 às 18h | Sala Walter da Silveira
Tulse Luper Suitcases 3: 14.10 às 20h | Sala Walter da Silveira

ZONA DE REFLEXÃO

Programações voltadas para o debate e o intercâmbio entre artistas convidados, curadores, pesquisadores e público compõem o terceiro eixo do 16º Videobrasil em Salvador. Os Seminários Videobrasil reúnem os artistas que participam do Festival e acadêmicos para debater questões relativas à imagem e à narrativa na contemporaneidade. O curador holandês Tom van Vliet fala de seu Panorama 360º, que oferece a artistas convidados a possibilidade de trabalhar com um ambiente imersivo de projeções múltiplas. A programação inclui o lançamento da terceira edição da publicação anual Caderno SESC_Videobrasil, com ensaios de autores como Lisette Lagnado, Carlos Adriano, Peter Greenaway e Kenneth Anger sobre experimentalismo na arte; e uma série de workshops, que oferecem exercícios práticos nos campos da manipulação ao vivo de imagens, da pesquisa e produção de som e da estética do vídeo.

SEMINÁRIOS VIDEOBRASIL

IMAGEM E ALTERIDADE
Mediador: Rodrigo Novaes
Palestrantes: Kenneth Anger, Marcel Odenbach e Ayrson Heráclito
9.10, das 16h às 18h | Auditório do MAM

HIBRIDIZAÇÕES NA IMAGEM CONTEMPORÂNEA
Mediador: Alejandra Munhoz
Palestrantes: Claudia Andujar, Caetano Dias e Eduardo Brandão
10.10, das 16h às 18h | Auditório do MAM

NARRATIVAS MÚLTIPLAS
Mediador: Priscila Lolata
Palestrantes: Eder Santos, Tom van Vliet e Danillo Barata
11.10, das 16h às 18h | Auditório do MAM

PALESTRA

TOM VAN VLIET – PANORAMA 360º
Especializado em arte e mídia, e criador do World Wide Video Festival, importante festival de vídeo e arte eletrônica europeu, o curador holandês Tom van Vliet fala do Panorama 360º, que usa dez projetores para obter um ambiente imersivo com 360º de imagem em movimento sincrônico. Artistas são convidados a trabalhar no Panorama 360º, que foi desenvolvido em parceira com arquitetos e técnicos.
12.10, das 16 às 18h | Auditório do MAM

LANÇAMENTO

CADERNO SESC_VIDEOBRASIL
Na terceira edição do Caderno SESC_Videobrasil, o tema curatorial do 16º Festival Internacional de Arte Eletrônica SESC_Videobrasil reverbera em ensaios que analisam o papel do experimentalismo na produção audiovisual contemporânea. O cineasta Carlos Adriano propõe um método poético-histórico para a apreciação do audiovisual experimental no Brasil. Lisette Lagnado, curadora da 27ª Bienal de São Paulo, busca ecos da Cosmococa de Hélio Oiticica na produção atual. Jean-Paul Fargier descreve a televisão como acelerador de partículas e narrativas. Peter Greenaway saúda o cinema que sucede a morte do cinema. Limite, de Mario Peixoto, é o tema do ensaio de Jorge La Ferla; Esther Hamburger fala do road movie sem história de Cao Guimarães.
9.10, às 21h | Galeria 1 MAM

WORKSHOPS

VJ - VÍDEO AO VIVO
LUCIANO CRAZY MONKEY
O objetivo é fazer uma introdução teórica e prática ao trabalho do VJ. Serão desenvolvidos conceitos teóricos como “loop”, “sample” e ambiente imersivo. Os alunos serão provocados a produzir seus próprios “loops” e experimentar a manipulação ao vivo com softwares especializados. A partir do registro das experiências, serão estudadas possíveis estratégias de manipulação de imagens e construção de discursos ao vivo.
19, 20 e 21.10, das 9h às 13h | Auditório do MAM

SOM PEBA
PEDRO MARIGHELLA
O curso de pesquisa e discotecagem SOM PEBA pretende sensibilizar a pesquisa, produção e difusão da música através do domínio da tecnologia e dos aspectos criativos que implicam a produção da música eletrônica na contemporaneidade.
26, 27 e 28.10, das 9h às 13h | Auditório do MAM

ESTÉTICA DO VÍDEO
DANILLO BARATA
O curso explora novas articulações entre arte e tecnologia, sobretudo as relações entre as criações artísticas contemporâneas no vídeo, em suas múltiplas facetas. Compreensão da linguagem tecnológica e aquisição de conhecimentos para a plena satisfação no fazer artístico.
15, 22 e 29.10, das 9h às 13h | Auditório do MAM

VIDEOBRASIL NA BAHIA TERÁ COBERTURA ESPECIAL DA TVE

Na TVE Bahia, canal 2, uma intensa programação sobre o Videobrasil antecede e acompanha o Festival. Na primeira etapa, que vai do dia 6 ao dia 13.10, a Mostra Videobrasil exibe, na faixa das 0h10, os três programas da Itinerância Videobrasil 2006-2007, que reúnem obras premiadas e destaques do 15º Festival (2005), e os cinco documentários da série Videobrasil Coleção de Autores, que enfocam artistas como o libanês Akram Zaatari e a americana de origem cubana Coco Fusco. Os documentários da série VCA e os programas itinerantes são produções da Associação Cultural Videobrasil.
De 30.9 a 9.10, no Momento Videobrasil, o canal 2 exibe quinze programetes históricos de sessenta a noventa segundos cada, que recompõem mais de vinte anos do Videobrasil, e dez programas de cobertura do 16º Festival no MAM, com apresentação de Marcos Pierry (TVE Bahia) e produção DIMAS. O Festival também será assunto dos jornalísticos da TVE: TVE cidadania, TVE revista, TVE notícias, Soteropolis e Sextas baianas.
Durante todo o Festival, serão gravadas entrevistas com artistas e curadores convidados em estúdios externos e internos montados no MAM. Esse material serve de base à realização, após o evento, do especial DOC Videobrasil - MAM / TVE.

Mostra Videobrasil
6.10, às 0h10: Itinerância Videobrasil 2006-2007 – Programa 1
7.10, às 0h10: Itinerância Videobrasil 2006-2007 – Programa 2
8.10, às 0h10: Itinerância Videobrasil 2006-2007 – Programa 3
9.10, às 0h10: Videobrasil Coleção de Autores – Certas dúvidas de William Kentridge
10.10, às 0h10: Videobrasil Coleção de Autores – Rafael França: obra como testamento
11.10, às 0h10: Videobrasil Coleção de Autores – Mau Wal: encontros traduzidos
12.10, às 0h10: Videobrasil Coleção de Autores - Um olhar sobre os olhares de Akram Zaatari
13.10, às 0h10: Videobrasil Coleção de Autores - Coco Fusco: I Like Girls in Uniform

Momento Videobrasil
De 30.09 a 09.10: programetes históricos e cobertura do Festival

16º FESTIVAL INTERNACIONAL DE ARTE ELETRÔNICA SESC_VIDEOBRASIL
LIMITE: MOVIMENTAÇÃO DE IMAGEM E MUITA ESTRANHEZA

De 9 a 18.10
Museu de Arte Moderna da Bahia
Av. Contorno, s/nº, tel. (71) 3117 6130, Salvador - BA

Horários
Salas expositivas: de terça a domingo, das 13h às 19h; sábado das 13h às 21h.
Sala Walter da Silveira
Rua General Labatut, nº 27, Barris

Mais informações sobre conteúdo: www.videobrasil.org.br/16

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